EAVA: O Papel das Redes Sociais na Educação: Potencialidades, Desafios e Reflexões Críticas

Este artigo explora o papel das redes sociais na educação, abordando suas potencialidades, desafios e a necessidade de reflexão crítica sobre seu uso. Inicialmente, discute-se o conceito de nativos digitais introduzido por Prensky (2001) e a integração das redes sociais no sistema educacional conforme proposto por Anderson (2019) e Moreira e Dias-Trindade (2018). Em seguida, são analisadas as potencialidades das redes sociais na aprendizagem, destacando a sua capacidade de motivar os alunos e promover a colaboração, conforme observado por Hew (2011) e Tang & Hew (2017).

Contudo, são também consideradas as críticas ao uso das redes sociais na educação, como a criação de "bolhas sociais" e questões éticas levantadas por Pariser (2011), Nagle (2018) e Anderson (2019). Além disso, é feita uma reflexão sobre o episódio "Nosedive" da série "Black Mirror" como uma analogia para os riscos dos sistemas de avaliação social, como o sistema de crédito social na China. Por fim, destaca-se a importância de os professores se adaptarem à linguagem e às tendências das redes sociais para engajar os alunos, enquanto enfatiza-se a necessidade de uma reflexão crítica sobre o impacto das redes sociais na educação.

Assim, a resposta às perguntas, embora pareça fácil, exige uma reflexão mais aprofundada, sem esquecer que nas redes sociais os Influencers são reis que, embora andem muitas vezes nus, conseguem cativar milhares de pessoas e definir tendências e hábitos de consumo. Terá o professor de se adaptar a esta realidade para cativar os alunos? Sim, sem dúvida, mas o que tem para "vender", vai chegar a todos os potenciais clientes?

Palavras-chave: Redes sociais, Educação, Nativos digitais, Potencialidades, Desafios, Reflexão crítica.

Introdução:
As redes sociais tornaram-se uma parte integrante da vida quotidiana, especialmente para a geração de nativos digitais. O seu potencial na educação tem sido amplamente discutido, com defensores destacando as suas potencialidades para promover a colaboração, o compartilhamento de conhecimento e o engajamento dos alunos. No entanto, também surgem preocupações sobre seu impacto na qualidade da aprendizagem, de privacidade e de ética. Este artigo explora essas questões, fornecendo uma análise abrangente do papel das redes sociais na educação.

Potencialidades das Redes Sociais na Educação:
As redes sociais oferecem diversas oportunidades para aprimorar a experiência educacional. Hew (2011) observou que as redes sociais podem motivar os alunos, aumentar sua participação e facilitar a colaboração entre pares. Tang & Hew (2017) corroboram essa visão, destacando o potencial das redes sociais para criar comunidades de aprendizagem online e promover a troca de ideias e recursos educacionais.

Desafios e Críticas ao Uso das Redes Sociais na Educação:
Apesar de suas vantagens, o uso das redes sociais na educação também enfrenta críticas significativas. Pariser (2011) e Nagle (2018) levantaram preocupações sobre o surgimento de "bolhas sociais" e o impacto negativo na diversidade de perspectivas. Anderson (2019) destacou questões relacionadas à segurança e ética, enfatizando a importância de considerar cuidadosamente o impacto das redes sociais na privacidade dos alunos e na qualidade da aprendizagem.

Reflexão Crítica e Adaptação do Professor:
Diante desses desafios, é essencial que os educadores adotem uma abordagem reflexiva e crítica em relação ao uso das redes sociais na educação. Maryanne Wolf (2019) defendeu a formação cuidadosa do raciocínio crítico como uma vacina contra a informação manipuladora e superficial. Além disso, os professores devem se adaptar à linguagem e às tendências das redes sociais para engajar os alunos de forma eficaz, reconhecendo ao mesmo tempo a necessidade de proteger sua privacidade e promover uma cultura de respeito e responsabilidade online.

Conclusão:
Em suma, as redes sociais têm o potencial de transformar a educação, oferecendo novas formas de interação, colaboração e aprendizagem. No entanto, seu uso na educação deve ser acompanhado por uma reflexão crítica sobre seus impactos positivos e negativos, garantindo que os benefícios superem os desafios. Os educadores desempenham um papel fundamental nesse processo, adaptando-se às demandas do ambiente digital e orientando os alunos para fazerem um uso responsável e ético das redes sociais.

Referências:

  • Anderson, T. (2019). Learning in an online and blended world: Perspectives, principles, and practices. Athabasca University Press.
  • Hew, K. F. (2011). Students' and teachers' use of Facebook. Computers in Human Behavior, 27(2), 662-676.
  • Moreira, J. A., & Dias-Trindade, S. (2018). Educação na sociedade digital: Revisão de literatura. TEMA, 19(3), 424-441.
  • Nagle, A. (2018). Kill all normies: Online culture wars from 4chan and Tumblr to Trump and the alt-right. John Hunt Publishing.
  • Pariser, E. (2011). The filter bubble: What the Internet is hiding from you. Penguin UK.
  • Prensky, M. (2001). Digital natives, digital immigrants part 1. On the Horizon, 9(5), 1-6.
  • Tang, Y., & Hew, K. F. (2017). Using Twitter for education: Beneficial or simply a waste of time? Computers & Education, 106, 97-118.
  • Wolf, M. (2019). Reader, come home: The reading brain in a digital world. HarperCollins.

NOTA:

O artigo anterior foi escrito usando o chatGPT, tendo por base as pesquisas que efetuei e os resumos e informações que fui pedindo a esta plataforma de Inteligência Artificial. Na verdade já o tinha usado antes, como ferramenta (penso que neste caso posso usar ferramenta) para me ajudar a poupar tempo no meu trabalho e, também, para me ajudar a sintetizar algumas ideias, mas não o tinha citado o que, como afirmou o professor José Moreira, pode ser considerando desonestidade intelectual.

No fundo, e embora não use somente os textos fornecidos por esta ferramenta, a verdade é que ela permite navegar na informação de uma forma muito mais intuitiva e construtiva, fazendo recordar os serões de faculdade em que nos reuníamos nas cantinas ou na sala de estudo da residência para partilhar ideias e discutir os livros que, previamente tínhamos distribuído entre nós, cooperando e partilhando o conhecimento adquirido e que depois dava lugar a novas reflexões, a novas discussões e à construção ou consolidação de conhecimentos e competências construídos e partilhados entre nós.

Esta "ferramenta" faz parte do novo ecossistema digital em que estamos a dar os primeiros passos, e não a podemos excluir, mas sim integrar e aprender a utilizar de forma consciente e crítica. Ainda é cedo para afirmar que estes atores não humanos, munidos de inteligência artificial, podem ser um dia equiparados à descoberta do fogo ou da roda, mas é certo que nos permitem outro tipo de conforto e de mobilidade nesta dinâmica do ensino à distância.

Como professor, como responsável por um projeto educativo, sei que tenho de encontrar um equilíbrio entre os atores humanos e não humanos que permita o engajamento dos alunos no processo de aprendizagem. Só assim estarei a criar, ou melhor, a integrar, um ecossistema de ensino, onde se possa criar o gosto pela aprendizagem e pelo desenvolvimento de competências e que não se limite ao estar presente, sem ter presença, que não seja mais um espaço para despejar matéria ou trabalhos feitos por fazer, mas que seja um espaço onde todos, nos seu espaço e tempo, possam ensinar, aprender e evoluir.

A conversa que deu origem a este texto está disponível aqui.

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